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Resenha - O Mítico Homem-Mês

"O Mítico Homem-Mês", escrito por Fred Brooks e lançado em 1975, é um clássico atemporal que permanece relevante na gestão de projetos de software.

O livro começa com uma reflexão profunda e deliciosa sobre as alegrias e desafios da construção de software, criando identificação com os leitores desde o início.

Brooks utiliza exemplos de sistemas operacionais em que ele trabalhou, que foram projetos grandes e com numerosos programadores e prazos desafiadores. Embora não aborde temas contemporâneos como internet banking e e-commerce, o autor concentra-se em questões fundamentais relacionadas à gestão de projetos de grande escala.

A obra traz o conceito de "homem-mês", uma unidade de medida ilusória para calcular o tempo de desenvolvimento de software em relação à quantidade de programadores por mês. Brooks desmistifica a ideia de que é possível intercambiar programadores e meses de desenvolvimento de maneira linear, alertando contra o erro de que seja possível simplesmente aumentar a equipe para reduzir o tempo de conclusão do projeto.

Os capítulos do livro abordam diferentes aspectos da gestão de projetos de software. "O Poço de Alcatrão" ilustra a situação de softwares problemáticos que alcançam um ponto sem retorno, onde cada esforço apenas piora a situação. O poço de alcatrão é algo como um poço de "areia movediça".

O capítulo, "O Mítico Homem-Mês" desafia a crença na possibilidade de intercâmbio fácil entre programadores e tempo de desenvolvimento. "A Equipe Cirúrgica" destaca a importância de equipes menores e mais talentosas em comparação com equipes grandes e menos especializadas.

"Aristocracia, Democracia e o Projeto de Software" defende a ideia de que o conceito do software é crucial, sugerindo que uma ou poucas mentes devem controlar a integridade conceitual de maneira aristocrática. "Inclua em Seus Planos o Verbo Descartar" propõe a criação de softwares destinados ao descarte, como provas de conceito e protótipos. Sugere que você vai descartar de qualquer forma, então planeje isso.

O capítulo "Não Existe Bala de Prata", que não constava na primeira edição do livro, conclui que não há uma solução única e fácil para todos os problemas no desenvolvimento de software, desmistificando a busca por uma tecnologia ou arquitetura que resolva todos os desafios de forma satisfatória.

Em resumo, "O Mítico Homem-Mês" continua a ser uma leitura valiosa para profissionais da área de tecnologia, oferecendo insights atemporais sobre gestão de projetos de software e desafiando concepções equivocadas que persistem ao longo do tempo.